Algum tempo depois de construir os alicerces da nacao, Wonderland comecou a sofrer turbulencias provocadas por grupos paramilitares que nao queriam fazer parte da federacao. O primeiro acontecimento em sua cronologia foi marcado por um movimento guerrilheiro no Acre, patrocinado pelos americanos, que almejava a criacao da Fordlandia. A intervencao federal, apesar de tardia, conseguiu apagar a faisca que poderia gerar uma guerra. E os Soldados da Borracha foram indispensaveis para tal empreitada. Agora, um grupo separatista germinava na parte sul do pais. Um antigo Centro de Tradicoes Gauchas (CTG) se tranformou no Movimento Revolucionario dos Pampas (MRP) que buscava a independencia da regiao. Logo, a noticia foi parar no Comite Central do Partido Comunista. Precisavam investigar as causas, e principalmente os objetivos do grupo rebelde.
Ali estaria, talvez, um nucleo onde poderiam plantar as sementes de um revolucao comunista. Garcia estava em casa quando recebeu um telefonema: lhe convocaram para visitar o MRP e fazer um relatorio. A finalidade, como dita pelo presidente, seria fazer um diagnostico e descobrir se aquele grupo tinha realmente motivos para se tornar uma "nacao", ou se poderiam aproveitar a insurgencia espontanea do grupo, e lancar objetivos comunistas, mais generalistas. O rapaz nao pestanejou. Foi ao seu armario, colocou a camiseta vermelha, calca jeans, e o par de botas pretas. Duas horas depois ja' estava na rodoviaria, pronto para encarar 24 horas de viagem dentro do onibus. Chegando no local, foi direto ao comandante do grupo, e nao houve nenhuma negativa, pois estava disposto a colaborar com a pesquisa. Abriu sua mochila e retirou o caderno de notas. A primeira pergunta foi querer saber "quem era gaucho", e por que buscavam a independencia dos "pampas". O comandante era uma pessoa bastante decidida, e nao vinha com meias-palavras, comecando sua explicacao de forma bem objetiva. O gaucho tinha seu proprio linguajar, suas vestimentas, seus costumes, tudo diferente do resto da Wonderland. A regiao dos pampas era o lar deles, pois tinham uma ligacao direta com essa planicie, propicia a criacao de gado. Continuou por mais uns 10 minutos proferindo lindas palavras sobre a "tradicao gaucha" e a necessidade de um Estado proprio. Para encurtar um pouco, Garcia resolveu interferir e perguntar se existia alguma forma de identificar um gaucho quando nascia. A resposta foi negativa. A forma "gaucha de ser" era adquirida, mas, ressaltou com eloquencia que as pessoas tinham, por isso mesmo, o direito de escolher sua nacionalidade. E nem estava preocupado com isso, pois naturalmente, a pesssoas que se identificassem com a cultura gaucha, estariam aderindo ao movimento. A reacao de Garcia foi de surpresa, e inclusive fez elogios a causa nobre. Significava que qualquer pessoa, na teoria, poderia aderir; bastava haver alguma identificacao. Ali, quem sabe, estaria uma brecha para o comunismo. Entao, o comandante abriu um parenteses: mas os gauchos tem que ser da regiao dos pampas...
Ali estaria, talvez, um nucleo onde poderiam plantar as sementes de um revolucao comunista. Garcia estava em casa quando recebeu um telefonema: lhe convocaram para visitar o MRP e fazer um relatorio. A finalidade, como dita pelo presidente, seria fazer um diagnostico e descobrir se aquele grupo tinha realmente motivos para se tornar uma "nacao", ou se poderiam aproveitar a insurgencia espontanea do grupo, e lancar objetivos comunistas, mais generalistas. O rapaz nao pestanejou. Foi ao seu armario, colocou a camiseta vermelha, calca jeans, e o par de botas pretas. Duas horas depois ja' estava na rodoviaria, pronto para encarar 24 horas de viagem dentro do onibus. Chegando no local, foi direto ao comandante do grupo, e nao houve nenhuma negativa, pois estava disposto a colaborar com a pesquisa. Abriu sua mochila e retirou o caderno de notas. A primeira pergunta foi querer saber "quem era gaucho", e por que buscavam a independencia dos "pampas". O comandante era uma pessoa bastante decidida, e nao vinha com meias-palavras, comecando sua explicacao de forma bem objetiva. O gaucho tinha seu proprio linguajar, suas vestimentas, seus costumes, tudo diferente do resto da Wonderland. A regiao dos pampas era o lar deles, pois tinham uma ligacao direta com essa planicie, propicia a criacao de gado. Continuou por mais uns 10 minutos proferindo lindas palavras sobre a "tradicao gaucha" e a necessidade de um Estado proprio. Para encurtar um pouco, Garcia resolveu interferir e perguntar se existia alguma forma de identificar um gaucho quando nascia. A resposta foi negativa. A forma "gaucha de ser" era adquirida, mas, ressaltou com eloquencia que as pessoas tinham, por isso mesmo, o direito de escolher sua nacionalidade. E nem estava preocupado com isso, pois naturalmente, a pesssoas que se identificassem com a cultura gaucha, estariam aderindo ao movimento. A reacao de Garcia foi de surpresa, e inclusive fez elogios a causa nobre. Significava que qualquer pessoa, na teoria, poderia aderir; bastava haver alguma identificacao. Ali, quem sabe, estaria uma brecha para o comunismo. Entao, o comandante abriu um parenteses: mas os gauchos tem que ser da regiao dos pampas...
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