17.12.08

Remedio anti-recessao


Teoricamente, recessao vem antes de depressao. Pelo menos, quando dentro do campo de Economia, assim falam os economistas. E' sempre bom estar atualizado, e o problema na pauta de toda parada de onibus e' a crise economica. Existem dois tipos de respostas: aquela do aposentado de fila de banco que pensa que sabe tudo e a do economista de carteirinha. Vamos recorrer a segunda opcao. Qual seria o remedio de Keynes para uma recessao? Ele e' um economista pragmatico, e vai direto ao tema estatal: vamos construir estradas, fazer guerras, sei la', colocar o governo para gastar dinheiro e criar empregos do nada! Malthus e' mais realista, apesar de cruel. A medio prazo, para evitar a propagacao da recessao, instituiria decreto com cesta basica de um saco de batata de 10 kilos e 1 kilo de cafe' por mes para os trabalhadores. Veja o quadro Comedores de batata de Van Gogh! Cada qual tinha sua visao de como enfrentar a situacao. Entrou, Adam Smith, um tanto egoista, com um xicara de cha'. Ja' chegou dizendo: Eu acho que tem que ser cada um por si' , e dane-se o resto! Cada um que cuide do que e' seu, e ponto final. O que e' bom para mim, vai ser bom para todos, e se todos pensarem assim, as coisas funcionarao. Instituiria um decreto onde qualquer pessoa poderia se tornar um vendedor autonomo (ambulante), pois geraria mais impostos e acabaria com a ilegalidade do mercado informal. Nao se preocupem, pois no final a "mao invisivel" vai auto-regular tudo isso. De repente apareceu um barbudo chamado Karl Marx. Foi contra todos e tudo que havia sido dito anteriormente. Simplesmente disse que o problema nao era a recessao, mas sua origem, pois provinha de um sistema viciado, capitalista, e por isso deveria ser substituido. Todos ficaram boquiabertos... O que esse barbudo esta' querendo dizer? O velho acendeu o cachimbo, deu um gole no cafe', chamou todos para o lado de fora da loja e disse: Voces estao vendo esse "RECESSION PRICE $ 1.29"? Nao existe preco de recessao, pois o sistema capitalista "perfeito" nao pressupoe recessao. Pode implicar "dumping". O que nao acho que, necessariamente, a "Vanessa" esta' fazendo. 1 dolar ja' seria um preco razoavel, portanto, esses 29 centavos, ja' que estamos em Nova York, ou seria uma homenagem a Crise de 29, ou simplesmente a "mais-valia" mesmo. Uni-vos!

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Personagens

Cassandra: tradutora que trabalha para importante editora especializada em livros de biografia e historia. Ela e' o tipo de pessoa que nao consegue se encaixar numa vida social normal; encontra, muitas vezes, no isolamente, sua fulga, e nos livros seu refugio.

Cassandra: a translator who works for an important publisher specialized in biography and history books. She is the kind of person who cannot fit in a normal social life; she finds, most of the times, in self-confinement,
her scape, and in books, her refuge.
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Napo: ex-filho de militar e roteirista de cinema cuja vida foi acabada pelo alcool e drogas. Esta' em constante conflito interno consigo mesmo: perturbado, afetado. Atualmente, vive de pensao do sindicato.

Napo: ex-military-kid and film screenwriter whose life was ruined by alcohol and drugs. He seems to be always in a long-lasting and permanent state of self-conflict. Nowadays, he lives from the Union's financial support.
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Garcia: cobrador de onibus e membro ativo do partido comunista. Possui ampla biblioteca particular sobre o tema, tornando-se inclusive referencia partidaria. As vezes, seu fanatismo torna-se tao paradoxo que passa a ser ate' mesmo romantico.

Garcia: bus driver and member of the communist party. He became a political reference in the party due to the large collection of books in his private library. Such a fanatic with paradoxical ideas that sometimes he is called "The Romantic".
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Franz: editor de guia artistico-cultural. Participa de projetos pelo mundo afora, geralmente patrocinado por ONG's para atualizar e trocar experiencias. Seu constante desafio e' nao deixar transparecer sua falta de sentimento "nacionalista".